Quando o síndico deve contratar a realização de um teste de estanqueidade na tubulação de gás do condomínio?
O famoso teste de estanqueidade feito em condomínios, tem como objetivo certificar a segurança de toda a rede de gás das prumadas, no ramal principal do edifício e na instalação interna de todos os apartamentos. O síndico deve garantir a realização deste teste periodicamente, ou sempre que houver suspeita de vazamento de gás dentro do condomínio.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é responsável por desenvolver normas que garantam a qualidade e segurança de produtos e serviços de diversos segmentos. Existem normas sobre as mais variadas áreas, e provavelmente você já tenha ouvido falar em alguma relacionada à sua linha de trabalho. A ABNT, e mais especialmente a NBR 15.526/2016, regulariza as redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais, como os condomínios onde há equipamentos a gás como: fogões, aquecedores, etc.
O teste de estanqueidade exige profissionalismo e responsabilidade, já que se trata de combustíveis inflamáveis dentro do condomínio. Vazamentos ou problemas na tubulação podem levar a explosões e outros tipos de acidentes. Portanto, os profissionais envolvidos devem ser devidamente capacitados, e os materiais e processos de instalação devem estar em conformidade com a NBR 15.526/2016.
Quais aspectos técnicos devem ser considerados?
Com a ajuda da administradora ou do síndico, a empresa responsável deve realizar um levantamento do consumo total dos apartamentos, verificar a pressão necessária para o funcionamento de toda rede de gás, analisar a vazão dos aparelhos presentes e observar o espaço disponível para as tubulações. Esses aspectos são relevantes para garantir a segurança de todos os moradores e visitantes do condomínio. A NBR 15526 também determina os parâmetros para realizar tais cálculos. Dessa forma, é possível desenvolver um projeto e executá-lo à risca, facilitando as futuras manutenções e possíveis modificações no edifício.
As tubulações de gás em condomínios podem ser aparentes, quando instaladas do lado externo, já que um ambiente fechado pode favorecer o acúmulo em caso de vazamento de gás. Ou o condomínio pode possuir tubulações internas, embutidas (em lajes, vigas e paredes), alojadas em tubo-luva (dutos ventilados e tubos subterrâneos) ou enterradas (localizadas sob o solo). O engenheiro responsável pelo projeto e instalação no condomínio, deve fazer uma avaliação da quantidade ideal de cada dispositivo, o comprimento dos tubos e a localização da central de gases, de acordo com o caminho percorrido por cada tubulação.
Quais medidas de segurança devem ser consideradas?
Os técnicos da empresa escolhida pelo condomínio, precisam ter acesso aos abrigos, onde se encontram os medidores de gás. Esse acesso é fundamental para permitir o fechamento em caso de emergência, além de facilitar a verificação periódica, e localizar onde há ventilação ou porta anti-vazamento.
As válvulas de alívio e de bloqueio são necessárias para manter a pressão do sistema de gás sob controle. Para os tubos aparentes, é preciso colocar barreiras de proteção, evitando choques e corrosão. Toda a rede de tubulações do edifício, deve ser identificada através de cores e sinalizações específicas, de acordo com as normas técnicas.
A empresa contrata pelo síndico(a) deve realizar o ensaio de estanqueidade, conforme especificado na NR 15526, garantindo a segurança do sistema desde o início das operações. Além de realizar as manutenções periódicas, e verificar a existência de possíveis vazamentos sempre que necessário.
Caso seja preciso substituir o tipo de gás utilizado na rede do edifício, é importante esvaziar todo o sistema (descomissionamento) e recomissioná-lo com o novo combustível. Talvez seja preciso realizar ajustes de vazão e pressão na tubulação, seguindo as normas técnicas. Um bom sistema de tubulação de gás de um condomínio passa por projeto, instalação, testes e manutenções periódicas.
Como identificar os profissionais capacitados para estes serviços?
Ao contratar a instalação ou manutenção no sistema de gás do condomínio, o síndico(a) precisa encontrar uma empresa de engenharia especializada. Se o síndico encontrar uma empresa que ofereça assistência técnica em caso de emergência, este pode ser um importante diferencial que deve ser considerado.
A empresa deve ter registro no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) de São Paulo e contar com no mínimo um engenheiro(a) responsável entre os seus funcionários, para orientar quanto à aquisição de materiais e ao passo a passo do serviço. Pois somente estes profissionais possuem o conhecimento técnico necessário, para seguir as normas NR 15526 e as demais normas da ABNT.
Os seguros residenciais de cada unidade autônoma (apartamentos e casa) não ressarcem por prejuízos se a instalação estiver fora das normas. Não corra riscos as instalações requerem técnica e mão de obra especializada.
Quais materiais devem ser utilizados na tubulação de gás?
Um sistema de distribuição de gás é composto por diversos componentes. Entre eles, talvez o principal seja os tubos de cobre, pelos quais fluem os gases. Existem normas específicas da ABNT, que determinam a matéria-prima e a pressão de trabalho dos tubos. Antes de aprovar a utilização deste tipo de material no condomínio, o síndico deve se certificar que ele está de acordo as normas da ABNT.
Um sistema de gás também depende das mangueiras flexíveis (utilizadas na parte final do sistema), das conexões em aço forjado ou ferro fundido, das válvulas e reguladores de pressão, dos filtros, dos medidores e dos manômetros. A empresa que realizará a instalação ou manutenção do sistema no condomínio, precisa garantir a qualidade dos materiais utilizados, além o correto manuseio por parte dos seus técnicos e funcionários.
Sobre as válvulas de segurança, é preciso haver uma VGB (válvula geral de bloqueio) fácil acesso nos equipamentos, fogão e aquecedor. A tubulação de gás do condomínio precisa contar com flexíveis de cobre, pois o forno do fogão atinge uma temperatura que a mangueira plástica não resiste. Se a mangueira derreter irá ocasionar vazamento de gás e aumentar o risco de acidentes. É preciso realizar também, a revisão do aquecedor e seu perfeito funcionamento, bem como suas instalações está compatível a ABNT NBR 13103.
O que consiste um teste de estanqueidade?
Verificação visual de toda tubulação de gás a fim de prevenir que componentes não apresentam corrosão ou suspeita de vazamento;
Verificação se a tubulação está desobstruída e pronta para receber o fluido de gás;
Realização do teste de estanqueidade e realizado por pressurização de ar comprimido;
Verificação com detector eletrônico ou sabão as conexões externas;
Aguardar 8 (oito) minutos para estabilização do fluído dentro do manômetro coluna de água;
Aguardar 4 (quatro) minutos de teste de estanqueidade;
Verificação de todos equipamentos estão devidamente instalados dentro das normas vigentes da ABNT/NBR/RIP sendo equipamentos Fogão, Aquecedores a gás e Medidores a gás;
Verificação se a pintura de toda tubulação de gás está uniforme;
Verificação do isolamento elétrico, interferências ou abraçadeiras abrasivas a tubulação de gás.
APROVADO: O condomínio precisa receber um laudo de estanqueidade e um termo de responsabilidade técnica, com fotos dos testes e dos equipamentos instalados ou revisados (fogão e aquecedores). REPROVADO: O condomínio cliente receberá um aviso de ocorrência, com fotos alertando quais os problemas e quais normas da NBR 15526 não estão sendo respeitadas, e irregularidades com soluções propostas para regularização para atender as normas vigentes.
O que precisa ser avaliado no teste de estanqueidade?
Os testes devem seguir de acordo com as normas vigentes da ABNT, e o síndico(a) deve informar os condôminos sobre serviço de revisão, para garantir a segurança de todos os moradores. A empresa de engenharia responsável deve oferecer equipes altamente treinadas e habilitadas a executar sua perfeita instalação e garantia de assistência técnica de possíveis vazamentos. O síndico e a administradora devem selecionar empresas associadas ao mais alto nível de conceito de segurança, tecnologia e uma base sólida para correta realização do teste de estanqueidade. Durante o processo de realização do teste o síndico(a) deve receber informações sobre o andamento do serviço.
O teste de estanqueidade em prumada de gás, tem o objetivo de verificar se o fluido está estanque, hermético, ou seja, parado. Assim, comprova-se que não há vazamento. Normalmente, o teste ocorre adicionando uma determinada pressão sobre a tubulação escolhida. Se após um tempo, com a acomodação do fluido, a pressão interna não sofrer alterações é porque não há vazamentos. Se a pressão alterar é preciso realizar novos testes e procedimentos para encontrar o que pode estar causando esta perda na prumada de gás. Além de ser um gasto maior, dependendo do tamanho do vazamento, é possível causar prejuízos ao meio ambiente e à saúde dos habitantes do condomínio.
Para manter a segurança, ainda, é essencial que a prumada de gás seja avaliada novamente com uma manutenção preventiva em um período máximo de 1 ano. Além disso, toda tubulação do condomínio deve receber a mesma atenção. Se o espaço apresentar vazamentos antes desse período pode-se chamar uma empresa especializada para verificar e realizar reparos ou manutenção preventiva. Por isso, a prumada de gás é uma parte da estrutura predial que deve ser avaliada individualmente, pois comporta muitas vezes uma série de tubos e conexões.
O teste de estanqueidade feito em condomínios, é uma obrigação periódica que certifica a segurança de toda a rede de gás das prumadas, no ramal principal do edifício e na instalação interna de todos os apartamentos. A NBR 15.526/2016, regulariza as redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais, como os condomínios onde há equipamentos a gás como: fogões, aquecedores, etc. O teste de estanqueidade exige profissionalismo e responsabilidade, já que se trata de combustíveis inflamáveis dentro do condomínio. A administradora do condomínio deve auxiliar o síndico(a) a selecionar uma empresa de qualidade, para a realização do serviço.
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